Comunicados da Imprensa

Famílias como ponte para parceria entre o Governo e a Igreja

A Família como núcleo da Sociedade é a “ponte” para parcerias e complementaridades que se auguram frutuosas entre o Governo e a Igreja de Jesus cristo dos Santos dos Últimos Dias em Angola.

“Vamos trabalhar juntos pelas famílias”. Foi com esta entusiástica exclamação que, recentemente, a ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, Victória da Conceição, selou o compromisso de colaboração futura entre a instituição que dirige e A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

Aconteceu durante um jantar entre a governante angolana e membros dessa denominação religiosa, justificando-se a popular expressão de que é em torno de uma excelente mesa que se fazem bons amigos e estabelecem-se compromissos.

Em clima francamente ameno, num restaurante ao Talatona, a ministra Victória da Conceição e seus acompanhantes, de um lado, e os Santos dos Últimos Dias, do outro, ficaram persuadidos de que valerá a pena estabelecerem-se relações de cooperação entre ambas as instituições.

O departamento ministerial dirigido por Victória da Conceição resulta da fusão havida entre o antigo Ministério da Família e Promoção da Mulher e o da Assistência e Reinserção Social, na sequência da formação de um novo Governo ocorrida após as eleições realizadas em Agosto passado.

No seu perfil orgânico, a nova entidade ministerial não é um mero sucedâneo, “sem consequências”, dos antigos MINFAMU e MINARS. Dessa junção, segundo informaram os funcionários que acompanharam a ministra, pretende-se um salto qualitativo que faça com que o ministério que tinha no seu raio de actuação essencialmente a mulher e as questões do equilíbrio no género, passe a olhar para a Família como um todo transversal à sociedade. Nesta nova visão e objecto social, à Família incluem-se fundamentalmente os grupos vulneráveis da sociedade como os idosos, a mulher rural, a criança, os toxicodependentes.

Está igualmente nesse novo enfoque a aproximação do ministério às entidades religiosas, não sendo assim circunstancial nem casual a ponte que se pretende estabelecer com A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias. É que ela, a Igreja, também tem a Família como doutrina nuclear do evangelho de Cristo. Ou seja, para os Santos dos Últimos o evangelho de Cristo visa a salvação do homem, mas não isoladamente como indivíduo, centrando-se sim na Família.

Por outro lado, a igreja oferece um vasto campo para parcerias com a entidade governamental angolana, através dos seus sistemas de ajuda humanitária, assuntos comunitários, educação e autoajuda. Na semana em que se realizou o encontro com a ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, membros da Igreja estiveram envolvidos numa actividade de doação de sangue no Hospital Josina Machel. Frequentemente são vistos a limpar ruas e largos, ou a pintar escolas públicas, na capital angolana.

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, cujos membros são geralmente conhecidos como os “mórmons”, está sedeada em Salt Lake City (Utah, Estados Unidos da América). Fundada em 1830, possui actualmente mais de 14 milhões de membros um pouco por todo o mundo. Nos Estados Unidos, é a quarta maior igreja em número de membros. Com alguns milhares de membros, está oficialmente presente em Angola desde Outubro de 1992, possuindo ramos e representações nas províncias de Luanda, Huambo, Benguela, Huíla e Moxico.

No quadro de um programa designado “Mãos Que Ajudam” tem levado a cabo regularmente actividades que tendem a fortalecer o espírito de solidariedade dos seus membros, colocando-os mais próximos das comunidades a que pertencem. As actividades podem ir desde a assistência social e sanitária a doações em situações de catástrofe e emergência humanitária. “Os nossos membros são incentivados a envolver-se activamente em causas justas para melhorar a comunidade e fazer dela um local sadio para se morar e criar a família”, indica Lassalete da Cunha Gonçalves, directora de Assuntos Públicos da Igreja em Angola.

A ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher em ameno diálogo com dirigentes de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias

“A única coisa que se equipara à capacidade da Igreja Mórmon de divulgar a palavra é a sua capacidade de lidar com as emergências”, escreveu um repórter após o tsunami que varreu o Japão em 2010, ocasião em que até os governantes japoneses apreciaram o auxílio oportuno, rápido e eficaz que a Igreja prestou às populações sinistradas sob formas diversas, desde o suprimento alimentar à assistência sanitária.

Por seu turno, ao descrever o caráter dos Santos dos Últimos Dias, a revista norte-americana Newsweek escreveu: “Não importa onde os mórmons vivam, eles encontram-se inseridos em uma rede de preocupação mútua; na teologia mórmon todos são ministros de alguma forma, todos são investidos de poder para fazer o bem e de receber o bem feito por outros. É o convênio do Século XXI, cuidar do próximo”.

Esse cuidado não se limita somente aos membros da igreja. Tem um raio de acção mais vasto. De acordo com o presidente da Igreja Thomas S. Monson: “Como igreja, estendemos a mão não somente para os de nosso povo, mas também para as pessoas de boa vontade em todo mundo imbuídos do espírito de irmandade que vem do Senhor Jesus Cristo”.

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